segunda-feira, 11 de junho de 2012

Sugestão de Filme: "O Curioso Caso de Benjamin Button"

Realmente é curiosa a maneira que o filme "O Curioso Caso de Benjamin Button" gentilmente dirigido por David Fincher expõe não só o conceito de Tempo expresso por meio da realidade humana, mas também o conceito de Identidade que se revela no homem não só fisicamente, mas igualmente subjetivamente, os dois conceitos, Tempo e Identidade se relacionam, trocam carícias, amadurecem e um dia, bom, um dia atinge o inexplicável. 
Um dos temas reflexivos que o longa-metragem exaltou foi à falta de consciência existente nos dias atuais sobre a passagem do tempo e principalmente sobre o reconhecimento de que cada ser é temporal, essa carência de consciência se revela através do personagem Benjamin Button (Brad Pitt), que ao nascer com uma doença curiosa e inusitada, cujo sintoma é o rejuvenescimento, possuindo a oportunidade de se relacionar intensamente com os fenômenos de morte, tempo, identidade de maneira diferenciada, isto é, Benjamin nasce feio e velho, horrivelmente enrugado e abatido; e de acordo com a passagem dos anos, ele vai rejuvenescendo, sofrendo uma forte e incrível metamorfose, passando a se relacionar com o conceito de Beleza, juventude e principalmente virilidade. Imerso nessa inversão o protagonista do filme possui a chance inusitada de assistir o tempo passar por meio da morte daqueles que acompanharam a sua chegada, sendo que todos os personagens estavam variavelmente imersos no mesmo tempo, na mesma época (século XIX) iam envelhecendo e cumprindo com a finalidade natural da existência, a morte; com exceção de Benjamim, que ficava mais jovem cada vez mais belo, sempre que os ponteiros avançavam direção ao futuro Benjamim perdia alguém e ganhava virilidade, agilidade e mais vida, em sua vida tão estranha e temporal.
Para quem ainda não assistiu essa incrível história apresentada pela sétima arte, por favor, assista, eu imploro, assista, porque eu tenho certeza de que você vai pensar profundamente, vai refletir com mais intensidade sobre a sua identidade visual e principalmente sobre o tempo, que te consome a cada instante, eu tenho certeza de que você não será mais a mesma pessoa, a princípio você já não é mais o mesmo sujeito depois que iniciou essa pequena e sucinta reflexão, porque neste momento, você possui em sua mente a sugestão de mergulhar as suas mãos em uma tigela de pipoca assistindo a esse glorioso filme, e outra, você também não é mais o mesmo (a) porque em sua subjetividade habita desde já o meu Ponto de Vista, que agora será seu, é seu.
André Bispo

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